Talvez essa seja a terceira vez que abro a página do blog e tento escrever algo que possa de alguma forma tirar do meu peito tudo que to sentindo ou que cheguei a sentir, mas parece que aquilo que mais gosto se esvaziou de mim, descobri que até posso gostar de escrever, mas que na real nada sei sobre o que é escrever as regras sintáticas, os erros gramaticais ou onde coloca a virgula.
Mas será que para falar de sentimentos e de tantas coisas que extrapolam e transbordam o peito precisa assim de tantas regras? Fico imaginando o tanto de regras que devo seguir e desisto de tentar, isso é ser escritora? Quero escrever falando de quem sou, do que sinto o que arde meu peito, o que me da angústia e felicidade e não o que é uma paroxítona que nem sei mais o que seja.
Sei, com a certeza da minha confusão que eu chamo de mente que escrever vai muito além de regras gramaticais e saber qual lugar exato se coloca a virgula, talvez escrever seja depositar em um pedaço de papel ou em uma página de internet tudo aquilo que assombra, aterroriza e deixa sua vida de ponta cabeça, é vomitar sentimentos em um liquidificador de palavras, é sentir o alivio ao tentar explicar o que sua mente complexada tenta expressar, é terapia, é se deixar nua para um multidão, é saber que seus sentimentos estão expostos e mesmo assim não se importa é escrever para o nada ou para ninguém e do nada descobrir que talvez se escreva para uma multidão é não se sentir só quando seu coração insisti em fazer que você aceite a realidade monstruosa da solidão.
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