Eu deixei por muito tempo que as pessoas definessem meu valor! Uma simples mensagem não enviada transformou meus dias em caos e despertou gatilhos escondidos. A falta que a falta faz, mais uma vez veio sussurrar no meu ouvido sobre solidão.
Pois, então, me desfiz de mim quando não reconheci mais o som daquelas vozes. Me desfiz dos meus destroços esperando amor alheio, esperando reciprocidade. Aprendi que na minha felicidade eu me basto. Não quero viver a solidão, mas também não desejo despreza-la e fazer dela a minha definição de ser, já que eu sou muito mais que isso. Eu me defino em muito mais coisas que apenas a solidão que me acompanha.
Eu sou trovão, sou a tempestade, sou o terremoto. Não sou apenas uma garoa de um dia frio. E se eu aprendi a me aceitar porque deixar entrar em minha vida quem não me aceita no meio de todas essas confusidades ?
Um dia eu sei que foi aprender a me definir no amor! De saber dar o meu amor a outro que aceite este pedaço que disponilizei. Entender que o amor verdadeiro é aquele que se mutiplica. Ele pode até não acabar a minha solidão, mas a conforta e a atrai para o complexo mundo das duplas.
Pois depois de tanto tempo se definindo neste mundo como solo é dificil aceitar uma segunda pessoa, é dificil compreender que não se está mais só, é dificil se reconectar e compreender que se pode pedir ajuda para acalmar o seu furacão e aceitar de bom grato a brisa depois da tempestade!
Um dia o universo se alinha e dois pequenos mundos desprezados podem se encontrar ! E quando eles se encontram eu posso me redefinir como um ser individual que entende o prazer e a felicidade de ser par.
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