Hoje até parece mais um dia normal como qualquer outro, meu celular despertou, enrolei na cama, mas finalmente acordei, fui tomar meu banho, tomar um leite e correr para o trabalho. Mais um dia no meu calendário, mais um dia dos 365 dias que temos que enfrentar com a cabeça erguida e um sorriso no rosto.
Para alguns parece assim tão fácil, mas para mim muitas vezes aparece um monstro de mil cabeça dizendo todo dia de manhã que meus planos não vão dar certo que aquele dia tudo pode dar errado. Esse monstrinho tão sem graça gruda nas minhas costas e me acompanha por onde eu vou, sussurra nos meus ouvidos o dia inteiro.
Ele se disfarça dos meus medos que aos poucos vai corrompendo cada sorriso que tenho no rosto, vai dilacerando as flores que um dia eu cultivei. Esse monstro se disfarça da minha baixa autoestima e diz assim em um sussurro “Ninguém se importa” e eu passo a acreditar que nada sou e que de fato ninguém se importa, se eu sumir desaparecer se eu me for nada de fato se modificará.
Eu quero ganhar o mundo, eu tenho sonhos altos demais até para mim, mas esse monstrinho me incomoda, não me deixa segui-los me joga na cama, me chama de perdedora e me faz ver maratonas e maratonas de séries e não me deixa sentar e escrever minhas histórias e perseguir meus sonhos.
Ele ri de mim, na verdade ele da gargalhas, ele se joga no chão de tanto ri quando ele vê que conseguiu o que queria. Esse monstrinho me deixa jogada na cama com medo de levantar e ver o mundo real. O que eu consigo ver é apenas um mundo o com anseios e paranoias que muitas vezes nem são reais, esse monstrinho vagabundo que na real se transforma em um MONSTRÃO que me deixa chorosa no canto com medo do mundo.
Ele acelera meu peito me faz achar que vou morrer, ele agarra meu coração e fica apertando, apertando até que ele se exploda aos poucos e faça uma confusão danada. Ele me deixa sem ar e as vezes ataca até meu estômago que fala oi com ele constantemente. Mas ninguém o vê além de mim, ninguém entende o monstrinho além de mim nem se eu explicasse eles entenderiam o que o monstrinho tanto quer de mim o tanto que me sufoca e me deixa presa nesse loop sem fim. Ele tornou-se minha sombra e nem na rua caminhando sossegada com meus fones de ouvido ele quer me deixar. Amanhã é um novo dia eles disseram! Amanhã é mais uma luta diária contra o monstro de mil cabeças.
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