Amanda Amaro é uma menina de 15 anos que viveu em um orfanato até os 4 anos quando foi adotada pela família Amaro. Ama seus pais adotivos e quase nunca pensa na sua vida antes deles. Ela sabia que tinha sido adotada, mas não tinha o menor interesse para descobrir quem era o seus pais biológicos. Lucas e Regina eram seus pais e pronto, não importava o que um exame de sangue podia dizer, o coração falava muito mais alto e o amor que ela tinha por eles era verdadeiro e ninguém podia dizer ao contrário.
Amanda estudava nas melhores escolas que seus pais podiam proporcionar. Eles não eram ricos, muito menos milionários, mas sempre se esforçavam ao máximo para dar a melhor educação que podia para a filha única. Lucas e Regina eram casados há mais de 20 anos e passaram 10 anos tentando ter filhos, mas sem nenhum motivo aparente nunca conseguiram. Regina, sempre deve um desejo ardente de ser mãe, de construir uma bela família e passar para os seus filhos todos os valores cristãos que ela valorizava. Mas Deus tinha outros planos para ela, seria mãe, mas não de alguém gerado em seu ventre, mas de uma criança gerada em seu coração! E quando viu Amanda na primeira visita foi amor à primeira vista e ela viu naqueles pequenos olhos que ela era a sua filha e não importava o que os outros poderiam falar.
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Na escola na qual Amanda estudava, havia um garoto chamado Felipe Vasconcelos, ele era o seu pior inimigo. Felipe e Amanda se conheciam desde criança, mas Felipe sempre implicava com absolutamente tudo que ela fazia e quando descobriu que Amanda era adotada começou à praticar bullying. Felipe era um playboy mimado que não sabia a hora de parar e Amanda era seu alvo favorito.
O ódio recíproco dos dois era conhecido por todos da escola e também por suas famílias. Amanda já havia voltado para casa diversas vezes chorando porque Felipe havia zuado com ela e os país dela já tiveram que interferir outras milhares de vezes, até reuniões com os os pais dos dois foram feitas, mas a guerra declarada entre Felipe e Amanda permanecia mais forte durante diversos anos e sem prazo para ser encerrada.
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No dia em que tudo mudou, Amanda havia sido chamada na diretoria, sem entender o motivo, pois não tinha feito nada de errado. Desconfiada e apreensiva saiu da sala com todos os olhares voltados para ela. As mãos de Amanda suavam! Ela sempre tinha sido uma boa aluna e nunca precisou ir até a sala da diretora, e por isso não fazia ideia de qual era o caminho que devia seguir.
Caminhou por aquele corredor deserto com diversos pensamentos na mente. Entrou na sala da diretoria e viu seus pais e dois estranhos sentados, e na hora que ela entrou todos se viraram para ver a sua entrada. A diretora estava em pé com um ar de seriedade, enquanto sua mãe estava com os olhos vermelhos de quem havia acabado de chorar , seu pai com o rosto aprensivo, tentava consolar a esposa. Enquanto isso, os dois estranhos vestidos formalmente estavam em pé ao lado da diretora e olhava para ela com um olhar de interesse.
"Você é Amanda Amaro?" - perguntou um dos homens desconhecidos.
"Sou sim" - respondeu Amanda meio desconfiada sem entender o que estava acontecendo.
"Sente-se por favor"
Amanda sentou-se no meio de seus pais sem ao menos questionar a ordem do homem desconhecido. Estava com um semblante assustado que não conseguia esconder de ninguém. Será que ela seria expulsa da escola, será que alguém morreu ? O que raios devia ter acontecido?
"Amanda, desculpa ter tirado você de suas aulas, mas eles insistiram" - A diretora falou e logo depois sentou-se na cadeira com um ar cansado.
"O assunto é importante demais para ficar para depois"- disse um dos homens engravatados que estava com uma pasta na mão. Ele se inclinou com a pasta e a entregou nas mãos de Amanda que ficou imóvel sem saber o que fazer, o que era aquilo, o que estava acontecendo?
"O que é isso ?" - Perguntou Amanda depois que finalmente teve voz para falar.
"São provas concretas que você é uma bintecourt."
"Uma o que ?" Perguntou Amanda sem entender nada.
"Você não conhece a Familia Bintercourt, menina ? "- disse o homem com deboche e surpreso.
"Desculpa meu senhor, mas minha família não tem obrigação de saber de nada e você pode nos dar licença para conversar com ela? Esse assunto é familiar e não envolve vocês." - Disse Lucas, o pai de Amanda.
"Estamos aqui representando a familia Bintercout, então temos direito de permanecer na sala." - disse o homem com um voz grave e séria.
"Eu acho melhor sairmos e depois voltamos" - respondeu o segundo homem engravatado que estava em silêncio este tempo todo e parecia o mais sensato dos dois.
Os dois homens misteriosos e a diretora saíram da sala em silêncio, deixando Amanda e seus pais sozinhos na sala da diretoria.
"O que está acontecendo ?" - perguntou Amanda para o seu pai com uma voz embarcada segurando o choro.
"Ohh minha filha, aquilo que sempre tememos e que você nunca quis saber aconteceu" - disse Lucas enquanto limpavas as lágrimas do rosto de Amanda que estava começando a entender a situação em que se encontrava. Neste momento a mãe de Amanda que estava este tempo todo em silêncio segurando as lágrimas segura mais forte as mãos de Lucas e olha seriamente para a filha.
"A sua familia biólogica te encontrou! Acontece que eles tem muito dinheiro e agora querem lutar pela sua guarda. Já informamos que isso é impossível, pois somos oficialmente pela justiça dos homens e da de Deus os seus pais, e não há dinheiro no mundo que mude isso." - Regina começou a falar tentando segurar o choro - "Mas, eles vieram até aqui te buscar pois querem que você conheça seu avô. Eles não moram mais no Brasil e só tem o dia de hoje disponível para esse encontro, por isso toda essa loucura e insistem que você vá, mas já informamos que você só irá se quiser. "
Amanda, estava perdida dentro de seus pensamentos, sabia que era adotada desde sempre, isso nunca foi um segredo dentro da sua família. Nunca teve interesse nenhum em saber quem era sua família biológica estava feliz sendo uma Amaro, não queria ser uma Bintercourt nem sabia quem era aqueles “Bittencourt 's” .
Amanda respirou fundo e deixou que suas lágrimas inundassem seu rosto, aquela informação mudaria toda a sua vida e ela não desejava que nada mudasse.
"Eu preciso de um tempo sozinha." - Disse Amanda se levantando e saindo da sala, os pais não fizeram nenhuma objeção.
Os homens desconhecidos que estavam a mando da familia Bintercout viram Amanda saindo da sala e até tentaram impedi-la, mas a diretora não os deixou ao ver que Amanda estava abalada e a deixou ir sozinha.
Amanda saiu correndo pelos corredores da escola sem rumo e sem nem olhar para os lados. Felipe a viu correndo e chorando e foi atrás, pois ficou preocupado com a menina e a seguiu e a encontrou sentada em um dos bancos do pátio.
Ele sentou- se e ficou em silêncio, Amanda nem reparou na presença do menino ao seu lado, mas quando percebeu se assustou com a sua presença.
"O que foi, veio tirar sarro de mim?"
"Não, apenas fiquei preocupado você veio correndo e chorando para cá nem me olhou de cara feia quando passou por mim. Tinha certeza que alguma coisa estava errada! "
"Você está preocupado comigo? Em que mundo estou vivendo, tudo mudou mesmo nesse lugar." - Amanda enxuga suas lágrimas com a manga da camiseta, olha para Felipe e ve que o rosto do menino realmente está compassivo a ela. Era estranho pensar em Felipe preocupado, e ainda mais estranho pensar que na verdade ela era uma milionária, talvez bilionária, não sabia ao certo. Seu mundo estava realmente de ponta cabeça!
"Eu tô falando sério, nos conhecemos desde criança e mesmo quando eu mais enchia o seu saco você não ficava assim. O que aconteceu ?"
"Quer mesmo saber o que aconteceu ?"
"Claro, por isso estou aqui"
"Você sempre me zoou por eu ser adotada, pois agora minha família biológica apareceu e agora vou ter que abandonar toda a vida que eu conhecia ?” - Amanda não aguentou mais e começou a chorar desesperadamente."
Felipe se assustou com aquele choro sofrido e a abraçou. Ela se assustou na hora, pois nunca imaginou ser abraçada por Felipe, mas estava tão vulnerável naquele momento que correspondeu o abraço e ficaram ali dentro daquele abraço em silêncio, como se tudo ao redor tivesse desligado e naquele pátio escolar restasse apenas os dois.
"Vamos Amanda, precisamos resolver esse assunto!" - disse sua mãe,acompanhada de seu pai e os dois homens desconhecidos.
Ela não queria ir, pois levantar dali e caminhar com aquelas pessoas seria o início de uma nova história que Amanda não estava pronta para enfrentar.
"Vai tranquila Amanda, vai dar tudo certo e qualquer coisa me liga que estarei por aqui"
Felipe disse isso com tanta convicção que assustou Amanda, mas de alguma forma ela acreditou nele, que daria tudo certo. Respondeu Felipe apenas balançando a cabeça e caminhou com sua mãe até um destino que ela não saberia qual seria, mas sabia que tinha enfrenta-lo de cabeça erguida.
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